Não sei se a gente vê e ouve tanta coisa que a emoção acaba se desgastando. Em miúdos, ficamos mais frios. Tive que cobrir o desabamento de uma lage numa construção, onde 9 pedreiros ficaram soterrados e, destes, um morreu. Se fosse há um tempo, lógico que, no mínimo, sentiria um frio na barriga ou algum arrepio. Mas não. Desta vez nada aconteceu. Nadinha mesmo. Quando cheguei ao local, meus colegas já estavam fazendo o seu trabalho: entrevistando, apurando etc e tal. Fiz o mesmo. Mas todo o tempo, estava preocupada se o fotógrafo tinha fotografado algum dos feridos sendo resgatados.
Um colega da TV ainda me disse: "Tomara que tenha algum outro para ser resgatado para dar uma imagem boa". No fundo, no fundo, eu também esperava por isso. As nossas perguntas aos militares do Corpo de Bombeiros giravam em números. "São 13 pessoas?", perguntava um. "Tem mais algum morto?", perguntava outro. E essa expectativa me atormentou durante um bom tempo.
Lembro que quando estava na faculdade, a jornalista Leila Ferreira fez uma palestra e disse que "nunca um repórter poderia ficar frio diante dos fatos". Concordo em número, gênero e grau. Mas como não se acostumar ? Fica aí o desafio.
Luuuuuuuuuuuuuuuuuu que saudade mulherrrr..
ResponderExcluirAdorei a novidade viu?.. muito show seu blog.
Fico feliz em ver você botando pra quebrar.
Te adorooo muitão, apesar da distância, você sabe que mora em meu coração.
beijocas e sucesso!
Juh (O Cabiludu).. rs..rs..